terça-feira, 19 de maio de 2009

Glossário

A

Acidose – aumento da acidez do sangue.

Alcalose - aumento de alcalinidade do sangue.

Amputação – excisão; ablação; separação de um membro por meio de corte.

Anti-séptico – substâncias que impedem ou inibem o crescimento dos micoorganismos que causam enfermidades e que, em princípio, não são tóxicas para o organismo. Os anti-sépticos mais comuns são a água-oxigenada e o álcool.

Apatia – insensibilidade às causas que provocam normalmente as emoções.

Asma - doença, com acessos irregulares, caracterizada por dificuldade de respirar, tosse seca e uma sensação de aperto no peito.

Astenia – fraqueza; debilidade; falta de forças.


C

Cãibra – forte contracção espasmódica e dolorosa de certos músculos; breca.

Caloso – que tem calos.

Cavum – designação técnica do espaço anatómico nasofaríngeo.

Cefaleia - dor de cabeça; cefalalgia.

Cíngulo - raiz de implantação do membro superior. dois ossos entram na sua formação. São a clavícula e a escápula.

Coágulo – massa gelatinosa, porção de sangue separada do soro.

Contusão - lesão produzida por um embate ou impacto, sem dar origem ao rompimento da pele; pisadura; equimose.

Convulsão – contracção violenta, involuntária e repetida dos músculos.


D


Diplopia – mais conhecido como visão dupla. É a percepção de duas imagens a partir de um único objecto. As imagens podem estar na horizontal, vertical ou diagonal. Resulta de paralisia temporária ou permanente dos músculos oculares.

Desinfectar – destruir os germes patogénicos de modo a cessar a infecção.

Decúbito dorsal – posição de um indivíduo deitado com o rosto voltado para cima.

Dor Pré-Cordial – dor na região que se situa à frente do coração.


E

Entorse – lesão traumática de uma articulação, sem que haja luxação.

Envenenamento – intoxicação; acção exercida no organismo por uma substância tóxica.

Evacuação – acção de retirar as vítimas do local onde sofreu o acidente e transportar para o hospital.

F

Feridas – lesão local causada por acção violenta contra o organismo; ferimento; golpe.

Fisiopatologia - estudo dos mecanismos que alteram as funções orgânicas em situação de doença.

Foco hemorrágico – local onde tem origem uma hemorragia.

Fractura - traumatismo que consiste na ruptura parcial ou total de um osso ou de uma cartilagem dura.


G

Garrote – dispositivo usado para estancar a circulação sanguínea num membro que sofreu uma lesão provocando hemorragia grave. Pode ser na forma de um elástico, ou improvisando com uma tira de pano estreito que se aperta acima da ferida, quer dando um nó apertado, quer usando um pau que se vai rodando até parar a hemorragia.


Glicogénio – polissacarídeo que funciona como meio de armazenamento nas células animais. O glicogénio muscular forma glicose para a contracção muscular.

Glúcidos – compostos de carbono, oxigénio e hidrogénio, representam o grupo mais abundante de compostos de matéria viva.

H

Hematoma - tumefacção sanguínea resultante da ruptura de um vaso.

Hemodinâmica - estudo dos fenómenos mecânicos relativos à circulação do sangue.

Hemorragia – derramamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos que supostamente o deveriam conter.

Hiperemia - excesso de sangue em determinada parte do organismo.

Hiperglicémia – excesso de açúcar no sangue.

Hipoalergénico – substância que provoca poucas reacções alérgicas.

Hipocapnia - Diminuição da concentração de dióxido de carbono (anidrido carbónico) no sangue arterial, consecutiva a hiperventilação.

Hipoglicémia – insuficiência de açúcar no sangue.

I

Insolação – estado patológico proveniente da acção dos raios solares quando recebidos directamente por período excessivo.

Isquémia - suspensão da circulação do sangue numa zona mais ou menos limitada do organismo.

L

Laceração – corte violento.

Lipotímia – perda brusca de conhecimento, mais ou menos completa, de curta duração, com abolição das funções motrizes, mas permanência das funções circulatória e respiratória; síncope.

Luxação - lesão articular caracterizada pela saída de uma extremidade de um osso para fora do
lugar onde normalmente está articulada.

M

Má-oclusão - Má oclusão significa "mordida" inadequada. A má oclusão pode estar relacionada à discrepância de bases ósseas maxilo-mandibular ou à desarmonia dental.

Midríase – dilatação anormal do diâmetro da pupila ocular, a qual pode ser espontânea, provocada ou patológica.

Miose – contracção permanente da pupila ocular.

Mordedura – dentada.


N

Necrose – sangue extravasado que comprime células próximas causando isquemia focal.


O

Overdose – ingestão de dose excessiva de droga ou medicamento, que pode ser mortal.


P


Parênquima - tecido conjuntivo que, nos animais, preenche os espaços que ficam entre outros tecidos ou certas cavidades do organismo.

Parestesia – perturbação em que o indivíduo acusa sensações anormais não causadas por qualquer estímulo.

Parto de emergência - é o nascimento de uma criança quando não há disponibilidade de assistência médica profissional.
Petequial - mancha vermelha, semelhante a mordedura de pulga, que aparece na pele, no decurso de certas doenças, sobretudo da peste.

Posição Lateral de Segurança - pode ser utilizada em várias situações que necessitam de primeiros socorros, em que a vítima esteja inconsciente, mas a respirar e com bom pulso, uma vez que esta posição permite uma melhor ventilação, libertando as vias aéreas superiores.
Psicose - doença mental em que a personalidade se desintegra de forma profunda, com perturbações da percepção, do raciocínio e do comportamento, das quais o paciente não tem consciência.

Pressão arterial – pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das artérias. A pressão arterial varia a cada instante, seguindo um comportamento cíclico.

Pressão arterial diastólica – é o menor valor verificado durante a aferição da pressão arterial.


Pressão arterial sistólica – é o maior valor verificado durante a aferição da pressão arterial.


Q

Queimadura – lesão produzida pelo excessivo calor sobre a pele.

S

Septo Pelúcido - membrana transparente que divide duas cavidades.

Síncope – perda da consciência por suspensão brusca e temporária da circulação cerebral; desmaio.

Sudorese – produção e eliminação de suor pelas glândulas sudoríparas. A sudorese é controlada pelo sistema nervoso autónomo simpático. Alterações na sudorese podem ser iniciativas de algumas doenças.

T

Taquicardia – termo médico utilizado para designar um aumento da frequência cardíaca. Convenciona-se como frequência normal no ser humano uma frequência cardíaca entre 60 e 100 batimentos por minuto. A partir de 100, inclusive, considera-se que há taquicardia.

Taquipneia – aumento do número de incursões respiratórias (acto de inalar e exalar ar pelas cavidades nasais ou pela boca) na unidade de tempo.

Tomografia - técnica que utiliza os raios X para obter imagens, por planos e à profundidade que se deseje, de um órgão ou tecido, o que permite localizar, com precisão, uma lesão qualquer.

Traumatismo – ferimento, lesão ou contusão provocada por acção violenta de um agente externo; trauma.

Tromboflebite - inflamação da parede de uma veia, com formação de coágulos sanguíneos.


U


Úncus - porção do giro para-hipocampal que se curva em torno do sulco do hipocampo. O sulco do hipocampo separa o giro para-hipocampal do úncus.

V

Vasoplegia - Vasodilatação generalizada, por paralisia vasomotora. Pode ser provocada por medicamentos.


sábado, 16 de maio de 2009

Asma

Asma é o estreitamento dos brônquios no pulmão. Uma pessoa que esteja a sofrer de um ataque de asma tem dificuldades em respirar, fica ofegante, torna-se ansiosa (tentando conseguir mais ar) ou pode ficar roxa.

Primeiros Socorros
1- Pergunte à pessoa se ela tem asma e se tem um inalador consigo. Ajude-a no uso do inalador.
2- Caso contrário, procure ajuda ou telefone para o número de emergências local se a pessoa não precisar de assistência imediata.
3- Se a pessoa não for asmática ou tiver problemas do coração, trate o caso como uma severa reacção alérgica.
4- Ajude a pessoa a ficar numa posição confortável para respirar (geralmente sentada na vertical).
5- Fique com a pessoa até que a assistência médica chegue.

Lipotímia e Síncope

A lipotímia é vulgarmente designada por perda dos sentidos, desmaio ou desfalecimento. Caracteriza-se por uma suspensão mais ou menos progressiva e de duração variável de todas as actividades da consciência. A síncope é uma perda de consciência súbita por isquémia cerebral transitória sem compromisso neurológico e com recuperação total e espontânea.
Muitas vezes o maior perigo é resultante da própria queda.


Sintomas
- Sensação de fraqueza e/ou sensação de mal-estar;
- Tonturas/vertigens;
- Náuseas;
- Alterações visuais;
- Palidez;
- Arrefecimento corporal;
- Sudorese;
- Taquicardia.

Primeiros Socorros
· Colocar a vítima em decúbito dorsal;
· Proceder à libertação das vias aéreas;
· Manter a temperatura corporal;
· Elevar os membros inferiores, a fim de promover uma melhor irrigação cerebral;
· Tentar eliminar as causas desencadeantes;
· Vigiar as funções vitais.

Recomendações para prevenir os efeitos do calor

· Aumentar a ingestão de água, ou sumos de fruta natural sem açúcar, mesmo sem ter sede.
· As pessoas que sofrem de doença crónica, ou que façam dieta com pouco sal, ou com restrição de líquidos, devem aconselhar-se com o médico.
· Evitar bebidas alcoólicas, gaseificadas, com cafeína, ou ricas em açúcar, porque podem provocar desidratação.
· Ter atenção especial a recém-nascidos e crianças, idosos e doentes, porque são mais vulneráveis ao calor e podem não sentir ou não manifestar sede. Neste grupos deve-se promover/incentivar a ingestão de água, mesmo sem sede.
· Fazer refeições leves e mais frequentes, evitando refeições pesadas e muito condimentadas.
· Permanecer em ambiente fresco, ou com ar condicionado, para evitar as consequências nefastas do calor, particularmente no caso de crianças, idosos ou pessoas com doenças crónicas. Se não dispuserem de ambientes frescos ou climatizados, as pessoas mais vulneráveis devem visitar centros comerciais, cinemas, museus ou outros locais que disponham de ar condicionado. Deve evitar-se as mudanças bruscas de temperatura.
· Tomar duche de água fria ou tépida no período de maior calor, evitando contudo as mudanças bruscas de temperatura − um duche muito frio após exposição prolongada a calor intenso pode causar hipotermia, sobretudo em idosos e crianças.
· Evitar a exposição directa ao sol, principalmente entre as 11 e as 16 horas. Sempre que houver exposição solar deve-se usar um protector solar, com um índice de protecção igual ou superior a 15 nos adultos, ou igual ou superior a 20 em crianças e pessoas de pele clara e sensível.
· Usar óculos e chapéu, de preferência de abas largas, sempre que se passear ao ar livre, principalmente crianças e pessoas de pele clara.
· Evitar a permanência em viaturas expostas ao sol, principalmente nos períodos de maior calor. Se a viatura não tiver ar condicionado, não se deve fechar completamente as janelas. Nas viagens deve-se prever o suprimento adequado de água ou bebidas sem açúcar. Preferir as viagens após o ocaso.
· Nunca deixar crianças, doentes ou idosos dentro de veículos expostos ao sol.
· Diminuir, sempre que possível, os esforços físicos durante os períodos de calor, e repousar em locais protegidos do sol, frescos, arejados.
· Usar roupa larga e solta, de preferência em algodão e com cores claras.
· Usar menos roupa na cama, sobretudo no caso de bebés e doentes acamados.
· Evitar a entrada de calor no interior das habitações, fechando persianas e portadas, mas mantendo a circulação de ar. A abertura de janelas e portas durante a noite pode facilitar a diminuição da temperatura no interior das casas.
· Pedir ajuda, sem hesitar, a familiares ou vizinhos, no caso de má disposição ou mal-estar com o calor.
· Ajudar, em caso de necessidade, pessoas isoladas, idosas, frágeis ou com dependência.
· Idosos e bebés não devem ir à praia nos dias de grande calor. As radiações solares podem provocar queimaduras da pele, mesmo sob a protecção de um chapéu de sol. A água do mar reflecte os raios solares e não evita as queimaduras solares das zonas expostas. As queimaduras solares diminuem a capacidade da pele para arrefecer.
· Evitar actividades que exijam esforço físico.

Insolação

Ocorre independentemente da idade e é causada pela exposição prolongada ao sol ou a uma temperatura ambiente muito elevada, em ambiente quente e seco. Quando o organismo se torna incapaz de controlar a temperatura através da transpiração, ocorre, muitas vezes e de forma repentina, a insolação.
Qualquer vítima de insolação deve receber cuidados médicos.

Sintomas:
- Congestionamento;
- Aumento da temperatura corporal;
- Pele seca;
- Miose;
- Agitação;
- Cefaleias;
- Náuseas ou vómitos;
- Pulso forte e irregular;
- Ventilação rápida e profunda;
- Convulsões;
- A inconsciência pode sobrevir rapidamente.


Primeiros Socorros
· Levar a vítima para um local fresco e arejado;
· Arrefecer gradualmente todo o corpo, dando maior atenção à região da cabeça;
· Envolver a vítima num lençol húmido;
· Prevenir o choque;
· Vigiar as funções vitais;
· Transportar a vítima de acordo com o seu grau de consciência.

Golpe de Calor

O golpe de calor afecta normalmente as pessoas que ficam expostas a ambientes quentes e húmidos, especialmente se não repõem o fluido e sais perdidos através da transpiração. É uma situação causada pela perda de sais e água do corpo. Esta situação pode ser agravada por distúrbios gástricos associados a diarreia e vómitos e doenças debilitantes.
Qualquer vítima de golpe de calor deverá receber cuidados médicos.

Sintomas:
- Palidez;
- Arrefecimento corporal;
- Suores frios e viscosos;
- Midríase;
- Cefaleias;
- Astenia generalizada;
- Alterações de equilíbrio;
- Náuseas;
- Apatia;
- Cãibras;
- Ventilação rápida e superficial;
- Inconsciência nos casos mais graves.

Primeiros Socorros
· Levar a vítima para um local fresco e arejado;
· Aplicar o primeiro socorro geral para uma situação de choque;
· Se a vítima estiver consciente, dar-lhe água e beber em pequenos goles;
· Transportar de acordo com o grau de consciência da vítima.

Overdose

Os sintomas de dose excessiva incluem dilatação ou contracção anormal das pupilas, vómitos, dificuldades respiratórias, perda de consciência, suores e alucinações.


Se uma pessoa tomar uma dose excessiva deliberada ou acidentalmente

- Pergunte à vítima o que aconteceu. Obtenha rapidamente as informações que puder, pois a vítima pode ficar inconsciente a qualquer momento.
- Não tente provocar vómitos. É tempo perdido e pode ser prejudicial.
- Se a pessoa estiver inconsciente, coloque-a na
posição lateral de segurança.
-
Chame uma ambulância.
- Recolha uma amostra de vomitado e quaisquer frascos ou recipientes de comprimidos que se encontrem perto da vítima. Mande-os para o hospital juntamente com a vítima como dado útil para a escolha do tratamento mais adequado.


Se a pessoa perder a consciência por intoxicação alcoólica

- Coloque-a na posição lateral de segurança para que não sufoque com o próprio vomitado.
-
Chame uma ambulância.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Grupo "(In)Formar para a Saúde" integra equipa de emergência médica

No passado dia 1 de Abril o grupo (In)Formar para a Saúde integrou a equipa de emergência médica do Hospital Padre Américo, em Penafiel, do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa. Três elementos integraram a equipa da parte da manhã e os restantes dois elementos da parte da tarde.

A actividade não foi muito activa (pela impossibilidade óbvia de observar/intervir em determinadas situações) mas não deixou por isso de ser interessante, permitindo ao grupo conviver directamente com alguns casos de urgência médica. O grupo (In)Formar para a Saúde agradece assim a todos aqueles que permitiram a realização desta actividade.

Hospital Padre Américo

Elementos do grupo do turno da manhã

quinta-feira, 12 de março de 2009

Comemoração do Dia Internacional da Protecção Civil

Como sabem dia 1 de Março é o Dia Internacional da Protecção Civil. Em comemoração do mesmo, o grupo (In)Formar para a Saúde organizou um conjunto de actividades abertas a toda a comunidade escolar.

Assim logo pela manhã do dia 6 de Março, por volta das 9h40min tocaram os alarmes da nossa escola, realizando-se um simulacro no qual estiveram envolvidas entidades como a Cruz Vermelha de Amarante, Bombeiros Voluntários de Amarante, incluindo a equipa cinotécnica e a GNR.

A partir das 11h iniciaram-se actividades subordinadas ao tema "Gestos que salvam", nas quais pudemos contar com:
  • Postos (In)formativos sobre suporte básico de vida e emergências médicas.
  • Exposição/ Visita a um posto médico avançado.

  • Exposição de viaturas/meios da Cruz Vermelha

  • Palestra sobre "Utilização do Plano Duro" dirigida pelo Coordenador Carlos Faria da Cruz Vermelha de Amarante.

Muito embora a organização deste dia fosse da responsabilidade do nosso grupo, os nossos objectivos relativos à comemoração do dia internacional da Protecção Civil não teriam sido devidamente alcançados se nela não participassem as entidades acima referidas, os alunos do núcleo de socorrismo, a professora Laura Pinheiro, o professor José António e o professor Bruno Teixeira, a quem desde já agradecemos. Não nos esquecemos ainda de agradecer à Engenheira Elvira da Câmara Municipal de Amarante, responsável pelo plano de actividades para a comemoração deste dia na nossa cidade.

Deixamos aqui algumas imagens para os olhares mais curiosos... :)







sábado, 28 de fevereiro de 2009

Curso de Suporte Básico de Vida

No início de Fevereiro o grupo "(In)Formar para a Saúde" abriu inscrições aos alunos de 12ºano para se formarem em Suporte Básico de Vida. Decorreram já quatro sessões leccionadas pelo professor Bruno Teixeira. Os alunos participantes ficarão sujeitos a exame, adquirindo assim um diploma nesta formação.

Insuflações
Compressões Torácicas


Posição Lateral de Segurança

Compressões torácicas no bebé



domingo, 25 de janeiro de 2009

Intoxicações


Compreender a intoxicação...

Tóxico - é toda a substância, independentemente da sua origem, que ao entrar em contacto com o organismo, vai provocar alterações funcionais, podendo mesmo causar a morte.

Intoxicação - São as causas e os efeitos provocados por um tóxico quando em contacto com o organismo.

Tóxicos mais frequentes

  • Produtos industriais: ex: cloro, amoníaco, brometos;
  • Produtos agrícolas: ex: herbicidas, pesticidas, fungicidas;
  • Alimentos: ex: conservas, mariscos , ovos;
  • Medicamentos: ex: analgésicos, tranquilizantes, narcóticos;
  • Produtos de uso doméstico: ex: detergentes, produtos de higiene pessoal;
  • Plantas: ex: bagas de azevinho.
Sintomatologia
A universalidade de produtos tóxicos provoca sintomatologia diversa.
Assim, é fundamental não só o exame geral da vítima como também uma atenta observação dos diversos cenários que se podem encontrar junto desta, tais como:
- Odor pouco habitual;
- Seringa ou caixa de medicamentos;
- Grupo de pessoas com uma linha sintomatológica idêntica após determinada refeição.

Queimaduras - Primeiro Socorro

Queimadura - O que fazer?
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1º Grau
- Arrefecer o mais possível até a dor desaparecer por completo, colocando sobre a zona atingida compressas ou panos limpos sem pêlos, molhados com soro fisiológico ou com gelo.
- Pode também colocar a área lesada debaixo de água corrente (o jacto da água deverá ter pressão média) durante cinco a dez minutos.
- Se a pessoa tiver anéis ou pulseiras deverá retirá-los aquando da lavagem da queimadura. Assim, o anel ou pulseira serão retirados deslizando sobre a pele, sem causar atritos.
- Depois da lavagem, secar suavemente a zona afectada.
- Deverá passar um antiséptico não irritante.
- Nunca, em caso algum, deverá colocar na pele cremes, pomadas, loções ou remédios caseiros, como farinha, manteiga ou óleo.
- Por fim, colocar uma gaze esterilizada que cubra toda a região da lesão e prendê-la com um adesivo.

2º Grau
Arrefecer com soro fisiológico. Se necessário, promover a evacuação da vítima para o hospital. Não rebentar as flictenas.


3º Grau
No caso de queimaduras graves (e extensas) será necessário o tratamento hospitalar. Por isso mesmo, nestes casos, deverá contactar o pessoal médico e chamar uma ambulância.
No caso de se prever que a equipa médica não chegará rapidamente, aproximadamente em meia hora, é conveniente:
- Dar de beber à vítima, a fim de a hidratar.
- Retirar a roupa, rasgando-a com uma tesoura. Nunca deverá arrancar a mesma ou quaisquer objectos agarrados à pele ou carbonizados.
- Se a pessoa possuir anéis ou pulseiras estes deverão ser retirados, com a ajuda de água fria, antes que a inflamação não o permita.
- Deverá molhar a zona afectada com água fria ou cobrir com um lençol ou toalha molhados. Isto ajudará a atenuar e a arrefecer a ferida.
- Ajudará, ainda, se virar a vítima com a boca para cima e as pernas ligeiramente levantadas em relação ao corpo.
- Deverá vigiar os sinais vitais: nível de consciência, respiração e pulsação) e comunicá-los assim que chegar a ambulância.
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Casos Especiais
  • Queimaduras nos olhos - Lavar com um fio de soro fisiológico corrente, do canto lacrimal (interno) para o canto temporal (externo). Deixar o globo ocular humedecido. Colocar a vítima num ambiente com pouca luz, a fim de evitar a colagem das pálpebras - óculos escuros. Não fazer penso oclusivo.
  • Queimaduras nas articulações e em zonas de contacto - São locais onde a pele queimada pode ficar em contacto com pele também queimada, o que pode originar colagem. Assim, em todos estes pontos deve interpor compressas ou panos limpos, sem pêlos e molhados, para se evitar a colagem.
  • Queimaduras provocadas por produtos químicos - Ocorrem quando a pele entra em contacto com produtos cáusticos, ácidos ou alcalinos. Na maioria das situações a vítima é rapidamente colocada debaixo de água corrente, de preferência chuveiro, completamente vestida. A roupa é retirada durante o duche, o qual deve demorar, no mínimo, de 15 a 20 minutos, sendo esta a primeira atitude a tomar. Quando a quantidade de produto químico é grande ou, tratando-se de pó, deve retirar-se o máximo possível com um pano antes de fazer a lavagem pois o pó poderá fazer reacção com a água e provocar um aumento da lesão. Nunca usar produtos neutralizantes que podem causar maior lesão devido a reacções químicas com libertação de calor.

Queimaduras

O que são?

São lesões na pele provocadas pelo calor, frio ou por outros agentes físicos ou químicos, tais como: fogo, atrito, fricção, líquidos ferventes, vapores, electricidade, radiações solares, etc.
Estas lesões têm consequências graves no nosso corpo, desfigurando-o e ocasionando perda de função ou movimentos, deformando ou lesando órgãos, podendo, mesmo, causar a morte por desidratação, choque ou infecção.

A avaliação da gravidade é importante para determinar o estado crítico da vítima e, assim, determinar a necessidade de tratamento e evacuação. Essa avaliação é feita tendo em conta os factores de gravidade: profundidade, extensão, localização e idade.


Profundidade







As imagens ajudam na compreensão da profundidade/grau da queimadura.



1º Grau: A camada de pele atingida é a epiderme. A pele apresenta-se vermelha (eritema), quente, seca, dolorosa e sente-se ardor.






2º Grau: Para além da epiderme é também atingida a derme. A pele apresenta-se igualmente vermelha, quente, seca com ardor e dor, aparecendo flictenas (bolhas) que têm no seu interior um líquido (plasma).






3º Grau: é atingida a totalidade do tecido cutâneo e tecido adiposo. Há destruição da pele e de outros tecidos adjacentes, podendo chegar à carbonização. Poderá haver destruição das extremidades de nervos sensitivos. Todavia, à volta das zonas de terceiro grau, há outras de 2º e 1º que mantêm as terminações nervosas intactas, o que causará bastante dor.


Extensão

Tem em conta a quantidade de pele atingida. Se uma vítima tiver um membro superior queimado ou uma área equivalente, deve ser considerada um "grande queimado", situação que é sempre muito grave. Um indivíduo com um terço da sua pele queimada poderá morrer em consequência das lesões decorrentes da queimadura.

Localização

Queimaduras na face, mãos, órgãos genitais e articulações são sempre graves independentemente do seu grau. Também as queimaduras anteriores do tórax e do pescoço devem ser consideradas graves.

Idade

As queimaduras são mais graves nas idades extremas (crianças e idosos) sendo, nestes casos, o risco de infecção maior (sepsis).

Situações ocasionadas

  • Choque - Devido à dor violenta e perda abundante de plasma quando esta se verifica. É frequente nos grandes queimados.
  • Infecção - Frequente nas queimaduras de 3º grau pela destruição da pele (perda da defesa contra as infecções).
  • Edema da Glote - Devido à reacção do calor sobre a mucosa laríngea, esta edemacia pode provocar obstrução da via aérea superior.
  • Lesão pulmonar - Este tipo de lesão pode ser provocada por calor directo ou vapor de água quente e em particular por fumos que provocam reacção inflamatória pulmonar.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Acidentes de Carro

Perante um acidente de automóvel é necessário agir com rapidez. Se existirem já pessoas a ajudar, o melhor que tem a fazer é seguir em frente e retirar-se do local. Se não existe ninguém no local deverá averiguar a situação de modo a ajudar sem causar maior perigo para as pessoas afectadas ou mesmo para quem socorre.


Actuação


- Para o próprio carro fora da estrada. Se for de noite, dirigir a luz dos faróis, em posição de cruz, até ao lugar do acidente.

- Se se tiver incendiado, apagar o fogo do veículo sinistrado com areia, terra ou extintor. Nunca utilizar água.

- Desligar o motor dos veículos acidentados de forma a evitar incêndios e accionar o travão de mão.

- Sinalizar o local de forma bem visível.

- Se existe mais do que uma pessoa a ajudar, que uma delas procure ajuda especializada.

- Se existe mais do que um ferido, atender primeiro o mais grave.

- Se o acidentado é um motociclista nunca se deve tirar-lhe o capacete.

- Afrouxar a roupa do acidentado e cobri-lo com uma manta ou casaco, com a preocupação de que esteja o mais cómodo possível.

- Verificar a pulsação e a respiração.

- Se existem alterações, deitar-lhe a cabeça para trás levantando-lhe o queixo com cuidado para libertar as vias respiratórias.

- Devido ao risco de que sofra de fracturas e/ou lesões, não se deve mover o acidentado, a menos que a sua segurança assim o exija.

- Se estiver consciente, conversar com ele, tranquilizá-lo e pedir-lhes detalhes sobre possíveis lesões ou doenças anteriores que possam ser importantes para o médico.

- Prestar os primeiros socorros segundo o tipo de lesões que se encontre e dos meios de que se disponha, no caso de se saber como o fazer.

- Evacuar os feridos com as precauções que se as suas lesões determinam. Evitar amontoar os feridos num automóvel com a ânsia de os transportar para um centro médico.

- Reter toda a informação possível sobre o local, as circunstâncias e o momento do acidente. Se não for possível transmitir directamente ao médico os dados memorizados, é preciso anotá-los e assegurar-se de que eles os receba.

- Quando o veículo acidentado é um camião-cisterna que transporta produtos químicos, é necessário duplicar a prudência: pode ser perigoso aproximar-se sem ter roupa ou protecção especiais.


Remoção do Acidentado

Se, depois de comprovar que o seu estado o permite e que não existem lesões na coluna vertebral, se decide a ajudar o acidentado a sair do veículo, é necessário segurá-lo por trás, passando-lhe os braços por cima das axilas e agarrar-lhe a mandíbula (maxila/peça da armadura bucal) com uma mão para lhe segurar a cabeça quando o largar.

No caso de existir uma hemorragia é preciso tentar estancá-la com pensos e compressão. Se existirem fracturas, estas devem ser imobilizadas adequadamente. De seguida é preciso proteger as feridas e as fracturas abertas e com pensos e, se possível, com ligaduras. Se a vítima apresenta um quadro de choque ou colapso circulatório, colocá-la em posição lateral de segurança (posição que iremos explicar e aprofundar mais à frente) e abrigá-la convenientemente até que receba a oportuna assistência médica.


Ataque epiléptico

O que é?
A epilepsia é uma perturbação neurológica que se caracteriza por episódios súbitos de disfunção cerebral. Apresenta-se como perdas de cosciência ou crises de convulsões localizadas ou generalizadas, de maior ou menor intensidade. Um ataque epiléptico surge de uma perda de consciência súbita, que pode provocar lesões ou contracturas musculares, devido à queda desamparada provocada pelo desmaio. Na maioria das vezes, durante um ataque, o doente pode morder a língua, espumar ou mesmo urinar. Terminado o ataque, a vítima pode entrar num período de prostração, ficando abatida ou desorientada, contudo, depressa recupera e volta ao seu estado normal sem se recordar do sucedido.
Uma crise epiléptica divide-se em três fases distintas:
1. Fase Tónica: o doente começa por dar um grito, em seguida perde a consciência e cai no chão. Imediatamente os seus músculos começam a contrair, contracção essa que dura entre 10 a 20 segundos.

2. Fase Crónica: todo o corpo da vítima sofre uma série de tremores impossiveis de controlar, com sucessivas contrações e descontrações de toda a musculatura. Este período dura entre 30 a 120 segundos, arespiração pára, o pulso acelera e a produção de saliva aumenta.

3. Fase Pós-Crítica: neste momento as convulsões já cessaram, surge o relaxamento muscular que, em algumas situações, pode levar a uma falha involuntária dos esfíncteres e a urina involuntária. O doente recupera a consciência sem se lembrar do sucedido, geralmente confuso e sonolento. Esta fase pode durar entre 2 a 25 minutos.

Depois de um ataque epiléptico pode dar-se o caso de surgirem novas convulsões, quando isto acontece ininterruptamente dá-se o nome de Estado Epiléptico. Se a vítima não for assistida o estado epiléptico pode durar horas e se não lhe for administrado tratamento adequado, a sequência de convulsões pode originar lesões graves.

Primeiro Socorro

Caso dê conta de um ataque epiléptico:
- Tente amparar a queda da vítima para evitar lesões graves;
-Afaste os objectos próximos e crie um espaço de segurança a redor da vítima, procurando tornar a zona silenciosa e tranquila.
-Não agarre a vítima para tentar conter as convulsões, apoie a cabeça do doente no seu colo para evitar traumatismos;
-Coloque um pano dobrado na boca do doente, entre os dentes para não morder a língua;
-Desaperte as roupas que comprimam o pescoço, o tórax e a cintura.
-Espere que o ataque termine e nunca abandone o doente;
-Quando a crise terminar, coloque o doente na Posição Lateral de Segurança (PLS) até que recupere por completo;
-Caso se inicie uma segunda crise, chame uma ambulância para transportar o doente até uma unidade hospitalar;

O que não deve fazer:

-Não imobilize o doente de modo a impedir os tremores;
-Não desloque o doente, salvo se este se encontrar num local perigoso;
-Não lhe dar qualquer tipo de bebida líquida até que recupere por completo;
-Não demorar no transporte do doente para o hospital caso a crise se repita ou persista durante mais de 10 minutos;